Metas internacionais de segurança do paciente: melhorando a qualidade do atendimento

Introdução às Metas Internacionais de Segurança do Paciente

As Metas Internacionais de Segurança do Paciente representam um marco crucial na busca pela excelência no cuidado médico global. 

Afinal, essas diretrizes essenciais não apenas orientam práticas clínicas, mas também promovem um ambiente de cuidado mais seguro e eficaz para todos os pacientes. 

Convidamos você, profissional da saúde, a se aprofundar nesse tema crucial e desvendar como as Metas Internacionais de Segurança do Paciente podem ser ferramentas poderosas na busca por um futuro onde a segurança e o cuidado de alta qualidade sejam a norma para todos os pacientes.

Vamos lá?

Introdução às Metas Internacionais de Segurança do Paciente

A segurança do paciente é um princípio fundamental no campo da saúde, essencial para garantir que cada indivíduo receba cuidados de forma segura e eficaz. 

Por isso, as Metas Internacionais de Segurança do Paciente foram estabelecidas para direcionar esforços globais na redução de riscos e na promoção de práticas que minimizem eventos adversos.

Estabelecidas por organismos internacionais de renome, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), as metas representam um conjunto de medidas essenciais para prevenir eventos adversos e promover a excelência na prática médica.

Adotar as medidas de segurança propostas têm importância em diversos aspectos, veja:

  • Minimizar a ocorrência de erros médicos, como quedas de pacientes, infecções hospitalares e administração incorreta de medicamentos, que podem ter consequências graves para a saúde e o bem-estar dos pacientes;
  • Otimizar processos assistenciais, tornando-os mais eficientes e eficazes. Isso se traduz em diagnósticos mais precisos, tratamentos mais adequados e maior satisfação dos pacientes;
  • Incentivar a comunicação aberta e transparente entre profissionais, a notificação de eventos adversos e o aprendizado com os erros, criando um ambiente propício para a segurança do paciente;
  • Construir uma relação de confiança entre médico e paciente, baseada no respeito, na comunicação e no cuidado individualizado.

Por isso, adotar as Metas Internacionais de Segurança do Paciente não é apenas um dever, mas sim um compromisso com a excelência na medicina. 

Histórico e desenvolvimento das metas 

As Metas Internacionais de Segurança do Paciente representam um marco histórico na busca por um ambiente de saúde mais seguro e confiável. 

Sua origem remonta a 2004, quando a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de combater o problema dos eventos adversos na assistência à saúde.

Em 2006, a Joint Commission International (JCI), uma organização sem fins lucrativos com expertise em acreditação de instituições de saúde, uniu-se à OMS para desenvolver as primeiras seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente.

Ao longo dos anos, as metas passaram por revisões e atualizações, acompanhando as novas evidências científicas e as necessidades em constante mudança do cenário da saúde. 

Sendo assim, em 2017, a JCI lançou a segunda edição das Metas Internacionais de Segurança do Paciente, incorporando novas metas e aprimorando as existentes:

1 – Identificar o paciente corretamente;

2 – Melhorar a comunicação eficaz;

3 – Gerenciar medicamentos de forma segura;

4 – Prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde;

5 – Reduzir o risco de quedas e outros eventos adversos;

6 – Implementar um programa de segurança do paciente.

As 6 metas internacionais de segurança do paciente

As 6 metas internacionais de segurança do paciente

A evolução das Metas Internacionais de Segurança do Paciente demonstra o compromisso contínuo com a melhoria da segurança do paciente. 

As metas servem como um guia prático para instituições de saúde de todo o mundo, auxiliando-as na implementação de medidas eficazes para prevenir eventos adversos e promover a excelência na assistência.

Por isso, vale a pena entendermos melhor como cada uma delas é importante.

Meta 1: Identificação correta dos pacientes

Eliminar a identificação incorreta de pacientes é crucial para evitar erros graves na medicação, procedimentos e outros aspectos do cuidado.

As ações indicadas para isso são:

  • Implementar um sistema único e confiável de identificação, como pulseiras com nome e número de prontuário;
  • Verificar a identidade do paciente em todas as etapas do cuidado, desde a administração de medicamentos até a realização de exames e procedimentos;
  • Treinar os profissionais de saúde para identificar e comunicar discrepâncias na identificação do paciente.

Meta 2: Ter uma comunicação eficaz 

Uma comunicação clara, concisa e completa entre todos os profissionais envolvidos no cuidado do paciente é fundamental para minimizar mal-entendidos e prevenir erros médicos.

As ações para alcançar essa meta são:

  • Incentivar a comunicação aberta e honesta entre profissionais, incluindo a notificação de erros e eventos adversos sem medo de represálias;
  • Implementar protocolos de comunicação padronizados para transferências de pacientes, trocas de turno e situações de emergência;
  • Promover o uso de linguagem clara e compreensível para todos os envolvidos no cuidado, evitando jargões técnicos e termos médicos complexos.

Meta 3: Segurança na prescrição de medicamentos

Erros relacionados à medicação, como administração incorreta, dosagem inadequada e interações medicamentosas perigosas, podem ter consequências graves.

Para alcançar essa meta, é indicado:

  • Implementar um sistema padronizado de prescrição, dispensação e administração de medicamentos, utilizando formulários claros e legíveis;
  • Realizar verificações rigorosas de medicamentos em todas as etapas do processo, desde a prescrição até a administração;
  • Educar os pacientes sobre a importância da adesão ao tratamento medicamentoso e dos riscos da automedicação.

Meta 4: Prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde

Reduzir a incidência de infecções hospitalares, que podem causar sérias complicações e até mesmo o óbito do paciente, é uma prioridade.

Para tanto, as indicações são:

  • Implementar medidas rigorosas de higiene das mãos entre os profissionais de saúde, utilizando álcool em gel ou água e sabão com frequência;
  • Manter um ambiente limpo e asséptico nas áreas de assistência à saúde, realizando limpeza e desinfecção frequentes;
  • Utilizar técnicas assépticas adequadas durante procedimentos invasivos, como cirurgias e colocação de cateteres.

Meta 5: Redução do risco de quedas e outros eventos adversos

Minimizar o risco de quedas de pacientes, especialmente em idosos e pessoas com fragilidade, é essencial para prevenir lesões graves.

As indicações, para alcançar essa meta, são:

  • Identificar pacientes com risco de queda e implementar medidas preventivas, como o uso de pulseiras de alerta, acompanhamento durante a deambulação e adaptação do ambiente físico;
  • Educar os pacientes e familiares sobre a importância da prevenção de quedas e medidas de segurança no ambiente hospitalar;
  • Realizar avaliações regulares do risco de queda e adaptar o plano de cuidado individualmente para cada paciente.

Meta 6: Implementação de um programa de segurança do paciente

Estabelecer uma cultura de segurança do paciente dentro da instituição de saúde é fundamental para promover o aprendizado contínuo e a melhoria constante dos processos assistenciais.

As ações indicadas são:

  • Criar um comitê de segurança do paciente responsável por liderar as iniciativas de segurança e monitorar os indicadores de qualidade;
  • Incentivar a notificação de eventos adversos e erros médicos, sem medo de represálias, para promover o aprendizado e a melhoria contínua;
  • Realizar treinamentos periódicos para todos os profissionais de saúde sobre segurança do paciente, incluindo temas como comunicação, gestão de medicamentos e prevenção de quedas.

Benefícios das metas de segurança para clínicas e hospitais

As Metas de Segurança do Paciente oferecem uma série de benefícios significativos para clínicas e hospitais, impactando positivamente tanto a gestão quanto a experiência do paciente. Entenda melhor:

Melhoria na qualidade do atendimento

Ao seguir as metas internacionais de segurança do paciente, as instituições de saúde implementam práticas padronizadas que melhoram a qualidade geral dos cuidados. 

Então, é possível melhorar e propor protocolos mais rigorosos para administração de medicamentos, prevenção de infecções hospitalares e procedimentos cirúrgicos seguros, resultando em um ambiente de cuidado mais confiável e eficaz.

Redução de erros médicos

As Metas de Segurança visam identificar e mitigar potenciais erros médicos, como erros de medicação, quedas de pacientes e diagnósticos incorretos. 

Com isso, ao implementar medidas preventivas e protocolos claros, as clínicas e hospitais conseguem reduzir significativamente a ocorrência desses eventos adversos, melhorando a segurança dos pacientes.

Aumento da satisfação do paciente

Pacientes tendem a sentir-se mais seguros e confiantes ao receberem cuidados em instituições que adotam as metas internacionais de segurança do paciente. 

Por sua vez, isso contribui para uma maior satisfação geral, pois eles percebem um compromisso claro com a segurança e a qualidade dos serviços prestados.

Desafios na implementação das metas de segurança

Apesar de apenas oferecer vantagens em segurança e qualidade, a adoção das metas internacionais de segurança do paciente ainda não estão consolidadas em todos os lugares.

A implementação das Metas de Segurança do Paciente enfrenta alguns desafios significativos que podem impactar sua adoção efetiva por clínicas e hospitais. Podemos descrevê-los como:

Resistência à mudança

Profissionais de saúde e equipes administrativas podem resistir à adoção de novos protocolos e práticas, especialmente se estiverem acostumados com métodos antigos ou se perceberem a mudança como disruptiva para suas rotinas de trabalho.

Necessidade de treinamento contínuo

A implementação bem-sucedida das metas internacionais de segurança do paciente requer treinamento contínuo de toda a equipe médica e de suporte. 

Isso é essencial para garantir que todos compreendam e sigam corretamente os novos protocolos de segurança, o que pode ser desafiador devido à alta rotatividade de funcionários e à necessidade de atualização constante.

Recursos limitados

Muitas clínicas e hospitais enfrentam restrições orçamentárias e de recursos humanos, o que pode dificultar a alocação de recursos adequados para implementar e manter as Metas de Segurança. 

Isso inclui a necessidade de investir em tecnologia, infraestrutura e pessoal qualificado para suportar as mudanças necessárias.

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Implementar e alcançar o sucesso das metas internacionais de segurança do paciente em sua clínica pode ser desafiador, mas é essencial para melhorar a qualidade dos cuidados oferecidos. 

E com isso, você tem a chance de impulsionar a visibilidade e eficiência operacional de clínicas. 

Nesse ponto, estamos aqui para te ajudar! O Método 3a é especializado em marketing médico, com foco em aumentar o seu posicionamento de mercado a partir dos seus diferenciais. 

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